quarta-feira, 14 de abril de 2010

Um dia no presídio - Viajando no Trem do Fim do Mundo

Como já citamos nas postagens anteriores, Ushuaia também é conhecida pelo seu presídio que funcionou por essas paragens de 1920 a 1947. Hoje ele foi transformado em um interessante museu. Ele procura abranger vários temas, tais como a história do presídio propriamente dita, a história do povo nativo "yamanas", o museu marítimo e uma galeria de arte, e hoje a equipe do Projeto Rípio foi conferir tudo isso de perto.
Chegamos à conclusão de que realmente vale a pena reservar um bom tempo para uma viagem pelos pavilhões do presídio. Não vamos dar todos os detalhes aqui neste blog; vamos postar apenas algumas curiosidades, pois é vasto o material exposto. Em caso de dúvidas, esclarecimentos ou sugestões dos nossos seguidores, podem nos contatar.

Este é um exemplar das várias espécies de pinguins expostos na ala do Museu Marítimo, no caso um Pinguim Rei. Como se pode notar ele é bastante grande, ou seja, quase da mesma altura da Marisa.

Ainda na ala do Museu Marítimo, admiramos esta miniatura em escala da Nau Beagle, com a qual Darwin navegou pela região.


Esta é uma panorâmica da piso inferior de um dos pavilhões do presídio.


A imagem acima mostra a piso superior do mesmo pavilhão com o figurante de um carcereiro no posto de vigilância das celas.


Esta imagem mostra o Nelson fazendo amizade com um dos moradores em um dos cômodos do local.


Tendo em vista os escassos recursos financeiros do Projeto Rípio, a equipe aceitou o convite do nosso amigo desse Hostel para alguns pernoites; contudo, algumas condições foram impostas, ou seja, os afazeres diários teriam que ser compartilhados.

Este nosso outro amigo, conhecido como "Patón", realmente existiu. Era um sujeito de origem mexicana bastante peculiar, cujo hobbie principal era a prática de homicídios, lesões e atentados com arma a autoridades. Ele foi capturado na província de Tucumán e foi obrigado a viver pelo menos 25 anos neste Hostel. Ele era extremamente rebelde pois costumava liderar todos os motins, mas de qualquer forma foi bastante amistoso.

Este é um currículo resumido do nosso amigo Patón.


A amizade com os moradores deste Hostel se tornou tão estreita que eles acabaram oferecendo para o Nelson uma acomodação individual.


Brincadeiras a parte, nesta foto vemos um pavilhão não restaurado do presídio.


O Trem do Fim do Mundo


Este é o local onde o Trem dos Presidiários fazia uma pausa para abastecimento de água na cascata Macarena para geração de vapor na caldeira.

Cascata Macarena.


Escadaria da Estação Macarena.


Equipe do Projeto Rípio aguardando o abastecimento do reservatório de água da locomotiva. É importante informar que o Parque dispõe de três locomotivas para os passeios turísticos no Tren del Fín del Mundo, porém em nenhuma delas se utiliza lenha para aquecimento das caldeiras, mas sim óleo diesel por motivo ecológico e para que as fagulhas liberadas através das chaminés não provoquem incêndio no Parque Nacional Tierra del Fuego.

Uma vista do interior do vagão. Pode-se observar que o trem é bastante estreito. A bitola atual dos trilhos é de 60 cm, entretanto a original assentada pelos presidiários era de 50 cm.

Com respeito a esse tour, o valor dos tickets é relativamente elevado considerando-se o serviço oferecido, porém vir ao fim do mundo e não fazer o tour do trem dos presidiários seria uma heresia.



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